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Existem vários termos ligados à Contabilidade em outras moedas: veja alguns deles:



Variação cambial

Câmbio é a relação de valores entre moedas para aquisição de bens. É a troca de mercadorias.

A variação cambial é a paridade entre os valores de uma e outra moeda.

Quando uma empresa importa um produto, ela paga ao Banco Central em REAL, que por sua vez repassa os dólares ao fornecedor estrangeiro, de acordo com a cotação do dia.

O inverso é feito na exportação. Neste caso o comprador lá de fora envia os dólares para o Banco Central que os recebe e de acordo com a cotação do dia, paga em REAL à empresa exportadora brasileira.

Por isso, a cotação do dólar flutua, no sentido de equilibrar o volume de importações e exportações. Se o dólar estiver cotado a um valor muito baixo em relação ao valor das mercadorias teremos um excesso de importações, pois o produto importado ficará aqui dentro mais barato. Por outro lado o exportador não terá condições de vender seus produtos, pois receberá muito pouco por cada dólar comercializado e preferirá vendê-lo aqui mesmo. Se o processo não for estancado, as reservas em dólar do Banco Central se acabam e o governo é obrigado a decretar moratória, ou seja, não há dólares para pagar as importações, como aconteceu em 1983. A solução é o aumento da taxa de dólar, que por outro lado, realimenta o processo inflacionário, não só por encarecer os produtos que vem de fora, como também por alterar todos os contratos e financiamentos que tem por base a variação cambial. A política cambial é portanto um fator muito importante no desenvolvimento econômico de um país.



Correção monetária

Podemos dizer também, que: "a correção monetária das demonstrações financeiras consiste em uma série de procedimentos adotados na época da apuração do Resultado do Exercício, tendo em vista os efeitos da inflação sobre o Patrimônio e o Resultado dessas empresas".

Cabe lembrar que a correção monetária das demonstrações financeiras foi revogada pelo artigo 4o. da lei no. 9.249 de 26/12/95, ficando vedada, a partir de 01/01/96, a utilização de qualquer sistema de correção monetária das demonstrações financeiras, inclusive para fins societários.

Para que se façam as correções, faz-se necessária uma abordagem criteriosa legal, verificando junto a órgãos federais, bem como o método de correção monetária das demontrações financeiras, devendo ser efetuada com base no Livro Razão Auxiliar em Ufir, no qual as contas sujeitas à correção serão escrituradas, adotando-se como unidade de conta o valor da Ufir.



FAS 52 / Correção integral

É a correção monetária adotada pelas empresas multinacionais para as sociedades anônimas de capital aberto.

A correção monetária imposta pela legislação brasileira, não previa a correção dos valores dos estoques das empresas.

No caso do FAS 52, a preocupação está em dolarizar o balancete, apurando desta forma toda e qualquer perda das contas.

Quando se trata de uma inflação galopante, a forma encontrada para ajustar os valores patrimoniais das empresas, é obter através de uma moeda forte, no caso DÓLAR AMERICANO, ajustes reais para demonstrar perdas.

Veja também: FASB



Objetivos da conversão de demonstrações

Os principais objetivos da conversão de demonstrações contábeis são:

  • Obter demonstrações contábeis em moeda forte, não sujeita aos efeitos da inflação.
  • Permitir ao investidor estrangeiro melhor acompanhamento de seu investimento, já que as demonstrações convertidas estarão expressas na moeda corrente de seu próprio país.
  • Possibilitar a aplicação do método da equivalência patrimonial sobre os investimentos efetuados em diversos países.
  • Possibilitar a consolidação e combinação de demonstrações contábeis de empresas situadas em diversos países.

Distinção entre Conversão de Demonstrações Contábeis e Contabilidade em Moeda Estrangeira.

No caso de Conversão de Demonstrações Contábeis, a empresa mantém sua contabilidade em moeda nacional de acordo com os princípios contábeis brasileiros e somente no final do exercício, após o encerramento das demonstrações contábeis em moeda nacional, aplica os procedimentos de conversão. Neste caso são mantidos controles em moeda estrangeira apenas sobre os itens não monetários, tais como estoques, ativo permanente e patrimônio líquido.

No caso de Contabilidade em Moeda Estrangeira, as operações são convertidas para a moeda estrangeira à medida que ocorrem e registradas em sistema contábil próprio, apurando ao término do exercício as demonstrações contábeis em moeda estrangeira, não havendo necessidade de nenhuma conversão.

Observe que, no primeiro caso, há a Conversão das Demonstrações em Moeda Nacional para a Moeda Estrangeira e, no segundo caso, há a Conversão das Operações para a Moeda Estrangeira e sua contabilização já nessa moeda.



Obrigatoriedade do FAS 52

A aplicação do FAS 52 é obrigatória para a conversão de demonstrações contábeis, preparadas de acordo com os princípios contábeis norte-americanos (US-GAAP),  que serão incluídas nas demonstrações contábeis de empresas norte-americanas por meio de:

  • Consolidação (matriz mais subsidiárias);
  • Combinação (fusão ou incorporação de duas ou mais empresas);
  • Avaliação de investimento pelo método da equivalência patrimonial (coligadas).

Quando o objetivo da conversão das demonstrações contábeis é a obtenção de recursos no exterior ou para a apresentação a investidores, não há a obrigatoriedade de aplicação dos procedimentos de conversão previstos no FAS 52, a menos que haja exigência específica por parte do credor ou investidor.

Logicamente, também não há essa obrigatoriedade quando a finalidade é gerencial. Mesmo não sendo obrigadas, empresas de diversos países adotar o FAS 52, por ser uma metodologia aceita mundialmente.

Veja também: FASB