Sequenciamento Automático Batelada

Visão Geral do Programa 

Realizar a alocação de um conjunto de operações (batelada) simultaneamente em um instante pré-definido, permitindo agrupar diversos itens, bem como restringir a programação por cargas mínimas e máximas.

As bateladas no TOTVS APS sempre são sequenciadas pela data de liberação com distribuição uniforme de carga entre os centros de trabalho do grupo de máquina. Sua data/hora de início está diretamente ligada às quantidades informadas, bem como ao parâmetro “Programa Abaixo Carga Mínima?”. Para exemplificar, considere as seguintes informações da pasta Batelada:

Observe o mapa de operações liberadas abaixo onde à quantidade programada para cada operação é igual a 1 (ou seja, quantidade de operações é igual à carga). Considerando que o critério de agrupamento é Item/Operação e que não permite-se programar abaixo da carga mínima (8,000), então, a alocação de dois centros de trabalho será configurada da seguinte  maneira:

O primeiro instante no centro de trabalho CT1 onde será possível criar uma batelada é às 11 horas do dia 1, pois é neste horário que há  uma carga suficiente (soma das quantidades programadas da operação) para atender a mínima de 8,000. No CT 2 será às 12 horas do dia 1, onde são processadas mais 10 operações. No dia 1 às 13 horas, há mais 15 operações para serem processadas, entretanto, só há disponibilidade de máquina a partir do dia 1 às 15 horas no CT1, ao qual novamente é programada mais uma batelada com quantidade 10 limitada. Observe que ainda restaram 5 operações do dia 1 às 13 horas e estas não foram programas no dia 1 as 16 horas no CT2 (próxima disponibilidade de alocação) em função da quantidade não ser suficiente para atender a carga mínima parametrizada. Por este motivo, estas 5 operações foram alocadas somente no dia 2 as 11 no CT1 utilizando mais 5 operações das 22 que originalmente havia-se, restando ainda 17 operações. No CT2 no mesmo dia e horário foram alocadas mais 10 operações. Ao final restaram 7, que não foram programadas em função da carga mínima e do parâmetro “Não Permite Programar Abaixo da Carga Mínima”. Neste caso, ao final do planejamento, uma mensagem de alerta será exibida informando ao usuário a relação das operações nesta situação.

Caso fosse utilizado o parâmetro “Permite Programar Abaixo da Carga Mínima Somente Último Lote”, a alocação dos CT’s ficaria semelhante a demonstrada acima, porém, as 7 operações que ficaram no backlog seriam programadas exibindo um alerta informando ao usuário que a batelada foi programada abaixo da carga mínima.

A utilização dos dois parâmetros mencionados, visam melhorar a utilização das máquinas, só programado-as quando preciso, no caso, atendendo a carga mínima. Agora, se o parâmetro “Permite Programar Abaixo da  Carga Mínima” fosse utilizado, a composição de alocação dos CT’s ficaria da  seguinte maneira:

Observe que a programação é realizada quando há qualquer carga disponível. No dia 1 as 8 horas é programada uma batelada no CT1 com carga 1 e no CT2 as 9 horas com carga 5 e assim por diante. Desta maneira, a alocação dos CT’s ficará mais homogênea, diminuindo os buracos de ociosidade nas máquinas, pois não deixará de programar as operações já liberadas. Em contrapartida, a carga mínima pode não ser atendida, porém, mesmo assim, será exibido um alerta ao usuário para informar esta situação. Este parâmetro pode ser utilizado quando visa-se a entrega da operação.

Combinação de Operações para Programar Bateladas que Ficaram Abaixo da Carga Mínima: Quando uma batelada possui uma carga mínima abaixo do valor parametrizado e o parâmetro “Programa Abaixo Carga Mínima?”, estiver como não programar ou somente o último lote, o sistema combinará operações para tentar programar o lote acima da carga mínima. Por exemplo, considere a seguinte configuração de operações na formação de uma batelada (ordenadas por índice de despacho) onde a carga mínima e máxima é de 8 e 10  respectivamente.

Até a operação 3 a carga atual é 7, porém, quando tenta-se utilizar as operações 4, 5 ou 6 para compor esta batelada, a carga resultante desta tentativa excede a carga máxima. Desativando alguma operação já testada (1, 2 ou 3), é possível realizar uma alocação, onde a carga para atender a máxima é a mínima seja possível. Nesse sentido, o sistema realiza a combinação das cargas das operações que foram invalidadas, desativando uma operação que gere a menor diferença entre a carga atual e a máxima. Por exemplo, desativando a operação 1 do backlog e reativando a operação 4 faria com que a carga mínima e máxima seja atendida.

Atualização Tela de Alocação: Quando uma batelada é  programada, ao invés de “quebrá-la” para indisponibilizar o período alocado, uma nova tela será criada para representar o lote sequenciado. Este registro de tela possuirá informações como a critério de agrupamento (item/operação, ferramenta ou agrupamento de redutor), o número de controle interno da batelada (nº agrupamento), a carga total da batelada, entre outros. Esta tela servirá para, por  exemplo, no Detalhe da Batelada, saber qual é a carga atual de uma determinada batelada alocada, ou, quando o processo de sequenciamento de bateladas é executado pelo Gantt de Operações (DB0414), reaproveitar bateladas cuja carga total está abaixo da carga máxima. 

 Formação das Bateladas com Agrupamento de Redutor: O algoritmo de sequenciamento realizará a formação das bateladas por agrupamento de itens, quando o parâmetro “Critério Agrupamento Batelada” estiver selecionado como “Agrupamento Redutores”. Considere a seguinte tabela de operações ordenada pelo índice de despacho data de liberação:

Considere os seguintes cadastros de agrupamento de redutores (para mais detalhes sobre este cadastro, acessar função Manutenção Agrupamento de Redutores – DB0133):

A primeira operação a ser analisada para gerar a batelada será que a tiver a menor data de liberação (índice de despacho), neste exemplo, operação “10/4.005/A”, cujo código redutor é Amarelo_Tom_3. Este redutor está no agrupamento 2, portanto, a batelada a ser gerada pode conter as seguintes operações:

Agora, supondo que a primeira operação selecionada tivesse um código de redutor Amerelo_Tom_1, o agrupamento utilizado seria o 1, pois este é a primeira ocorrência que possui este redutor (a sequencia neste caso determina a ordem com que os agrupamentos serão avaliados). Observe o seguinte cadastro de agrupamento:

Neste cenário, o agrupamento 2 nunca seria utilizado, pois todos os redutores nele presentes estão no agrupamento 1, ou seja, o agrupamento 2 está contido no agrupamento 1. Observe que existem operações cujos códigos redutores não possuem agrupamento (10/4.001/H, 20/4.001/H). Neste caso, a batelada será formada por código redutor. As operações que não possuem código de redutor informado (30/4.001/H, 10/4.010/I), não serão sequenciadas e uma mensagem para cada operação nesta situação será apresentada.

Alocação de um centro de trabalho, pode se configurar por vários agrupamentos e, entre eles, pode haver redução de setup. Por exemplo, considere a alocação do CT1:

No CT1 são realizadas duas bateladas do agrupamento 1 e uma do agrupamento 2. Para determinar que há uma redução de setup entre estes dois agrupamentos, o sistema utiliza os redutores principais de cada agrupamento (determinado pelo campo principal na função Manutenção Agrupamento de Redutores  – DB0133) e pesquisa na matriz de redução de setup a respectiva redução.

Duração (preparação, execução e espera) das bateladas: A duração das bateladas basicamente é composta por três valores:

• Tempo de Preparação: Tempo de setup, ou seja, tempo necessário para ajustar a máquina antes de iniciar o processo de fabricação;

• Tempo de Execução: Tempo gasto para processar uma ou mais operações;

• Tempo de Espera: Tempo de espera da máquina ao qual não será possível programar operações.

O tempo de preparação e execução das bateladas pode variar de acordo com os parâmetros:

• Fixo: Valor fixo informado. Todas as bateladas geradas terão tempo de preparação ou execução fixos, conforme valor parametrizado;

• Dependente da Operação: Tempo de setup e execução da batelada será determinado pelos maiores valores de setup e execução das operações que a formaram;

• Cadastrado: O tempo de setup e execução da batelada, será determinado conforme cadastro Manutenção Faixa de Cargas da Batelada (DB0132):

Número Máximo de Bateladas: Limita o número de  bateladas programadas consecutivamente. Quando é item/operação ou ferramenta, o valor utilizado será o informado no cadastro de grupo de máquina ou centro de trabalho necessariamente. Quando o agrupamento for por agrupamento de redutor, o valor utilizado será o informado no próprio cadastro de agrupamento.

Centro de Trabalho Válido: A alocação das máquinas cujo processador do grupo de máquina é do tipo batelada sempre será uniforme. Para gerar uma batelada, o sistema verifica quais operações estão liberadas em uma determinada data de corte e em seguida avalia quais centros de trabalho podem processar estas operações. Se alguma operação possuir centro de trabalho válido e o CT escolhido não for o mesmo do analisado no momento, esta operação não será utilizada. No momento que o centro de trabalho da operação estiver sendo analisada, esta operação poderá entrar na batelada deste CT.