01. DEFINIÇÃO
O consumo de licença por demanda é uma solução no Protheus para permitir o serviço REST consumir licenças somente quando uma API está em execução, ao invés de manter permanente o consumo de uma licença para cada Working Thread em funcionamento no REST.
02. QUAIS OS PRÉ-REQUISITOS PARA UTILIZAR ESSA SOLUÇÃO?
- Protheus versão 12.1.023 ou superior
- LIB versão 20200214 ou superior
- License Server versão 3.0.0 ou superior
- Binário versão 7.00.170117A ou superior
03. CONFIGURAÇÃO
O consumo de licença por demanda deve ser habilitado na seção da URI no arquivo de configuração do AppServer, o nome da chave é “Stateless” e deve conter o valor “1” para habilitar o comportamento de consumo de licença por demanda.
Caso a chave não exista ou contenha o valor zero, o consumo de licença no inicio da thread será mantido. Como a configuração é por URI, é possível ter em uma mesma porta URIs diferentes, cada uma trabalhando com um modelo de licenciamento.
Exemplo:
[URIHTML]
URL=/rest/app
PrepareIn=All
Instances=2,2
CORSEnable=1
AllowOrigin=*
Stateless=1
04. FUNCIONAMENTO
As workings threads do pool da URI são inicializadas sem consumir nenhuma licença. Quando uma requisição de API é iniciada a Working Thread faz uma solicitação de licença para o License Server, caso a licença seja obtida a API é executada normalmente, caso não exista licença disponível é devolvido o erro 503.
O REST permanece consumindo licença TOTVS I, exceto se a requisição tiver origem do API Manager da TOTVS e enviar na requisição o código da licença do aplicativo.
Mais informações sobre isso no tópico 8 dessa documentação.
05. ERROS
O Erro 503 é devolvido na requisição da API caso não exista Licença disponível. Existem diversos motivos para uma licença não estar disponível, tais como:
- Todas as licenças estão em uso
- O License Server não possui nenhuma licença para o módulo/aplicativo solicitado
- O License Server não está configurado
06. CHAVES DE LOG
Caso o licenciamento apresente problemas, ative as chaves de log para análise do problema e envie o console para a equipe de suporte.
- Análise de troca de mensagens com o License Server:
A chave FWFRAME_TRACELS configurada com o valor 1 na seção do ambiente mostra no console as mensagens trocadas com o License. Deve ser ativada somente quando é necessário analisar detalhadamente o consumo de licenças.
- Análise de performance:
A chave FWFRAME_TIMELS configurada com o valor 1 na seção do ambiente mostra no console o tempo em milisegundos gasto no consumo e na liberação de licença. Ela deve ser ativada somente caso haja necessidade de analisar lentidão na troca de mensagens com o License Server.
A ativação das chaves acima implica em perda de performance, pois haverá o tempo de I/O para escrita no console, por esse motivo devem ser ativadas somente caso haja necessidade de análise de problemas.
07. PERFORMANCE
A utilização do modelo de licenciamento por demanda no REST adiciona de 50 a 80 milisegundos no tempo de cada requisição de API, referente ao tempo de comunicação com o License Server.
Nos testes executados em laboratório foi percebido uma perda de 20% de performance em relação a quantidade de requisições atendidas por segundo.
08. CONSUMO DE LICENÇAS DE APLICATIVO
O consumo de licença por demanda permite o uso de uma licença diferente da TOTVS I quando a requisição da API tem como origem o API Manager da TOTVS (WSO2 ou Mingle).
Para utilizar uma licença de aplicativo durante a requisição é necessário:
- O dono do aplicativo deve solicitar a criação de um código de aplicativo no Santo Graal
- O cliente contratar licenças de aplicativo e distribuir no License Server
- O API Manager da TOTVS (WSO2 ou Mingle) deve enviar no header da requisição o código do aplicativo na chave x-totvs-appcode
- O cliente deve utilizar um API Manager da TOTVS (WSO2 ou Mingle) para gerenciar as requisições de API no REST
Veja aqui a documentação do Mingle.
Caso o aplicativo esteja no ambiente de homologacao ou desenvolvimento do Mingle, é necessario adicionar na seção do ambiente do Protheus uma chave para configurar o Mingle.
MINGLE=DEV (Para desenvolvimento)
MINGLE=HOM (Para homologação)
09. EXEMPLO DE CONFIGURAÇÃO DO REST
[ENVIRONMENT] DBALIAS=DOCKER DBDATABASE=POSTGRES DBPORT=7801 DBSERVER=dbaccess ROOTPATH=/app-data/ RPODB=top RPOLANGUAGE=portuguese RPOVERSION=120 SOURCEPATH=/app-data/apo STARTPATH=/system/ FWFRAME_TIMELS=1 FWFRAME_TRACELS=1 [HTTPJOB] ENVIRONMENT=ENVIRONMENT MAIN=HTTP_START [HTTPREST] Port=8082 SECURITY=1 URIs=HTTPURI,APP [HTTPV11] Enable=1 Sockets=HTTPREST [HTTPURI] AllowOrigin=* CORSEnable=1 Instances=1,1,1,1 OnConnect=REST_CONNECT OnExit=REST_EXIT OnStart=REST_START PrepareIn=T1 Stateless=0 URL=/v1/ [APP] AllowOrigin=* CORSEnable=1 Instances=1,1,1,1 OnConnect=REST_CONNECT OnExit=REST_EXIT OnStart=REST_START PrepareIn=T1 Stateless=1 URL=/app/