O layout define a composição de uma página e é composto por múltiplos slots. A quantidade, posição e dimensão desses slots é o que define o corpo de um layout. Dessa forma, o layout é a estrutura de uma página, definindo a distribuição dos Widgets que a compõe por meio dos slots.
Slots são contêineres definidos que são aptos a comportarem widgets. A quantidade, posição e dimensão desses slots é o que define o corpo de um layout. Sendo assim, o layout é o esqueleto de uma página (sua estrutura), definindo a distribuição dos widgets que a compõem através dos slots.
Layouts possuem a estrutura de arquivos semelhante à de um widget comum, e também são empacotados em formato “war”. A estrutura de pastas-fonte de um layout é a que segue:
<codigo-do-layout> |
---|
Onde:
Arquivo / Pasta | Descrição |
---|---|
<código-do-layout> | Nome/Identificador do layout |
src/main/resources/application.info | Arquivo de configuração do layout onde é persistida, entre outras informações, o código do layout, título e desenvolvedor. Este arquivo será mais detalhado nas próximas páginas deste documento. |
src/main/resources/layout.ftl | Arquivo do Freemarker que será interpretado durante a renderização do layout. Contém a configuração dos slots. |
src/main/resources/<código-do-layout>.properties | Arquivo de strings traduzíveis utilizadas pelo layout. Deve possuir derivações de acordo com o idioma suportado pelo layout. |
src/main/webapp/WEB-INF/web.xml | Descritor padrão de uma aplicação Java para web. |
src/main/webapp/WEB-INF/jboss-web.xml | Descritor específico para o JBoss. Deve conter pelo menos a propriedade “context-root”. O context-root representa o contexto Web do layout e é recomendado que seja o próprio código do layout. |
src/main/webapp/WEB-INF/glassfish-web.xml | Descritor específico para o Glassfish. Deve conter pelo menos a propriedade “context-root”. O context-root representa o contexto Web do layout e é recomendado que seja o próprio código do layout. |
src/main/webapp/resources/css | Folhas de estilo do layout (caso seja necessário). |
src/main/webapp/resources/js | Arquivos Javascript do layout (caso seja necessário). |
src/main/webapp/resources/images/icon.png | Ícone que representa o layout, é exibido, por exemplo, durante a criação de páginas para que o usuário possa pré-visualizar a distribuição de slots do layout. |
pom.xml | Descritor Maven do layout. Este arquivo será mais detalhado nas próximas páginas deste documento. |
Para o sistema, o que diferencia um layout de um widget comum é a definição da propriedade “application.type = layout” no arquivo descritor “application.info”. Este arquivo é um descritor detalhado dos widgets e também dos layouts. É através deste que a aplicação tem conhecimento das propriedades do layout, identificação do desenvolvedor, arquivos necessários para sua renderização, arquivos de linguagem e outras propriedades.
Propriedade | Descrição |
---|---|
application.type = <layout> | O valor layout define que o componente é do tipo layout, existem outras opções como widget e theme. |
application.code = <código-do-layout> | Iidentificador do layout. |
application.title = <título-do-layout> | Título do layout. |
application.description = <descrição-do layout> | Descrição do layout. |
application.category = <SYSTEM> | Categoria do layout. Propriedade utilizada para filtro em determinados funções do sistema, esta propriedade é para uso futuro, atualmente não é utilizada. |
application.renderer = <freemarker> | Indica o tipo de renderizador exigido (atualmente somente o Freemarker é suportado). |
application.icon = <icon.png> | Ícone para representação visual do layout. Caso não informado o sistema assumirá um ícone padrão para sua representação visual. |
developer.code = <developer-code> | Código do desenvolvedor do layout (uso futuro). |
developer.name = <TOTVS S.A.> | Nome do desenvolvedor (uso futuro). |
developer.url = <http://www.totvs.com> | URL do desenvolvedor (uso futuro). |
layout.file=layout.ftl = <layout.ftl> | Nome do arquivo a ser renderização. Se não informado, será assumido “layout.ftl”. |
locale.file.base.name = <prefixo> | Nome base do arquivo de tradução que será seguido pelo locale (ex.: prefixo_PT_BR e prefixo_EN_US). Se não informado, será usado o código do layout. |
application.resource.css.1 = </resources/css/<codigo-do-layout>.css> | Opcional. Nome do arquivo CSS a ser carregado durante a renderização. Podem ser informado vários arquivos, o número no final do dome da propriedade indica a ordem de carga. |
application.resource.js.2 = </resources/js/<código-do-javascript>.js> | Opcional. Nome do arquivo JS a ser carregado durante a renderização. Podem ser informado vários arquivos, o número no final do nome da propriedade indica a ordem de carga. |
O pom.xml é um arquivo fundamental do Maven. Deve ficar na raiz da estrutura de arquivos do layout. Consiste em um XML com informações do projeto e detalhes das configurações utilizadas pelo Maven para construir o projeto. É neste descritor que são inseridas informações como a dependência de outros projetos, plugins, profiles e versão, entre outras. Sua estrutura mínima para um layout é a que segue:
<?xml version="1.0" encoding="UTF-8"?> <project xmlns="http://maven.apache.org/POM/4.0.0" xmlns:xsi="http://www.w3.org/2001/XMLSchema-instance" xsi:schemaLocation="http://maven.apache.org/POM/4.0.0 http://maven.apache.org/xsd/maven-4.0.0.xsd"> <modelVersion>4.0.0</modelVersion> <groupId>[grupID]</ groupId> <artifactId>[grupID]</artifactId> <packaging>war</packaging> <name>[Nome do layout]</name> <description>[Descrição do layout]</description> <properties> <project.build.sourceEncoding>UTF-8</project.build.sourceEncoding> </properties> <build> <plugins> <plugin> <groupId>org.apache.maven.plugins</groupId> <artifactId>maven-compiler-plugin</artifactId> <configuration> <source>1.7</source> <target>1.7</target> </configuration> </plugin> </plugins> </build> </project> |
---|
Os principal arquivo de um projeto de layout é o “layout.ftl”. É neste arquivo que será
definido, via marcação HTML e Freemarker, a quantidade e disposição dos Slots.
Para facilitar o desenvolvimento, alguns métodos da camada de negócio são
ofertados pela infra-estrutura do WCM e podem ser acessados via freemarker.
As variáveis disponibilizadas são acessadas através da sintaxe ${nome-da-variável}
em qualquer local do FTL, a seguir uma lista das variáveis disponíveis:
serverBaseURL: URL do servidor (sem nenhum contexto);
i18n: objeto com as strings internacionalizadas;
themeURI: contexto do tema (por exemplo: /themedefault);
themeURL: URL completa do tema (serverBaseURL + themeURI);
pageId: ID da página;
layoutId: ID do layout;
layoutURI: contexto do layout (por exemplo: /layoutdefault);
layoutURL: URL completa do layout (serverBaseURL + layoutURI);
serverContextURL: contexto do sistema;
locale: objeto Locale com a localização selecionada para o usuário;
user: login do usuário (ou vazio se não está logado);
tenantId: ID do Tenant do usuário logado (-1 se não está logado);
tenantCode: código do Tenant do usuário logado (ou vazio se não está
logado);
pageFriendlyURL: URI da página (formado pelo contexto + código da
empresa + código da página);
wcmEnums: variável de acesso aos enum’s da aplicação. Será detalhado
abaixo;
wcm: objeto com os serviços disponibilizados pelo SDK do WCM. Será
detalhado abaixo;
pageRender: objeto que também disponibiliza serviços do SDK. Será
detalhado abaixo;
O objeto “pagetRender” disponibiliza os seguintes métodos do SDK:
PageVO getPage(): retorna um objeto do tipo VO com todas as informações
da página corrente, como sua página pai(caso haja), páginas filhas, layout e
tema entre outras propriedades;
List<PageVO> listPageBreadcrumb(): retorna uma lista de páginas
ordenadas em modo de navegação estrutural, possibilitando a localização da
página atual em meio estrutura de páginas do sistema;
void renderInstance(long instanceId): método que inicia a renderização de
uma Widget utilizando o FTL “decoration.ftl”, ou seja, irá renderizar a Widget e
seu título no slot onde foi invocado o método;
void renderInstanceNoDecorator(long instanceId): método que inicia a
renderização de uma Widget utilizando o FTL “nodecoration.ftl”, ou seja, irá
renderizar a Widget sem a barra de título, no slot onde foi invocado o método;
boolean isUserLogged(): retorna se existe um usuário logado através do VO
da página;
UserVO getUser(): retorna objeto VO do usuário corrente, contendo
informações como nome,
email e
código do Tenant entre outras
propriedades;
List<Long> getInstancesIds(Slog slot): retorna uma lista com ID de toads
as Widgets contidas no “slot” informado;
List<Long> getInstancesByCode(String code): retorna o ID de instância de
todas as widgets com o código informado “code” contidas na página;
boolean hasPermission (long instanceId, String permission): verifica se a
widget com o “instanceId” informado, possui uma determinada permissão,
conforme a “permission” desejada;
boolean hasViewPermission (long instanceId): verifica se o usuário logado
possui permissão de visualização da widget;
boolean hasEditPermission (long instanceId): verifica se o usuário logado
possui permissão de edição para a instancia (“instanceId”) em questão;
String getHomePage(): retorna a URL de acesso a página inicial (home);
boolean isUserLoggedInOAuthWithConsumerKey (String consumerKey):
identifica se um usuário logado possui um token válido para o chave de
consumo (“consumerKey”) informada.
List<WidgetVO> listAllowedWidgetsByUser(): retorna a lista de Widgets as
quais o usuário possuí permissão de visualização;
Long getTenantId(): retorna o ID do Tenant do usuário corrente;
Toda página renderizada no WCM possui o mesmo fluxo para sua construção. O
primeiro arquivo chamado no processo de renderização é o “master.ftl”, onde são
informados os metadados da página. O arquivo master invoca o método
“pageRender.renderTheme()”, responsável pela renderização do tema, que por sua
vez irá chamar a renderização do layout, onde posteriormente serão renderizadas as
Widgets que compõem a tela, concluindo a construção da página.
O fluxograma a seguir exemplifica o processo de renderização de uma página:
Para facilitar a criação de projetos do tipo Layout, foi criado um Archetype Maven.
Um Archetype é um template de projeto Maven, previamente configurado e
estruturado.
O uso do Archetype permite criar um projeto com a estrutura de pastas fontes
idêntica à citada no tópico “Estrutura de Arquivos”, deixando para o desenvolvedor
apenas o trabalho de alterar/adicionar arquivos conforme sua necessidade específica.
A seguir, um passo a passo exemplificando a criação de um layout:
Pré-Requisitos
JDK 1.7 instalado;
Apache Maven 3.0.4 (ou superior) instalado;
Acesso ao Nexus da TOTVS configurado.
Abra uma janela do terminal (ou prompt do DOS) e navegue até a pasta onde deseja
que o layout seja criado. Digite a seguinte linha de comando:
mvn archetype:generate |
---|
Onde:
Onde:
DarchetypeVersion: versão do archetype para gerar o layout. Pode ser
omitido. Deve ser informado caso queira gerar para uma versão em
específico.
DgroupId: groupId do Layout. Parâmetro obrigatório.
DartifactId: artifactId do Layout. Parâmetro obrigatório.
Dversion: versão do Layout. Parâmetro obrigatório.
DparentArtifactId: ID do artefato pai. Parâmetro obrigatório, se não
informado, assumirá "wcm-architecture".
DapplicationTitle: Título do Layout. Pode ser omitido, porém deverá ser
informado posteriormente.
DapplicationDescription: Breve descrição do Layout. Pode ser omitido,
porém deverá ser informado posteriormente.
DdeveloperCode: Código de desenvolvedor. Cada empresa ou grupo deve
padronizar um código. Esse código será usado para validações internas de
permissionamento. Se não informado, assumirá "TOTVS".
DdeveloperName: Nome da empresa que desenvolveu o Layout. Se não
informado, assumirá "TOTVS S.A.".
DdeveloperURL: URL da empresa que desenvolveu o Layout. Se não
informado, assumirá "http://www.totvs.com".
DlayoutFile: Nome do arquivo do Layout. Se não informado, assumirá
"layout".
DapplicationCategory: Categoria do Layout. Se não informado, assumirá
"SYSTEM".
Após a execução do comando, deve ser criada a estrutura de pasta fonte padrão no
diretório escolhido.