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Política Real Consumo - MDB
Visão Geral do Programa
Permitir planejar itens com características make-to-stock. No momento do planejamento, itens que possuírem essa política serão planejados com lote de reposição suficiente para repor o estoque nominal máximo.
Sempre que o tempo de espera do cliente for menor que o lead time de fabricação do item, este deve usar como política de planejamento o reabastecimento pelo real consumo. Esta política não leva em consideração nem carteira de pedidos, nem previsão de vendas para determinar a quantidade que deverá ser produzida, mas verifica se a disponibilidade de estoque (que é formada pelo saldo de estoque atual mais as ordens firmes) é menor que o Estoque Nominal Máximo, que é o máximo nível de estoque desejado. A diferença entre o Estoque Nominal Máximo e a disponibilidade em estoque é que definirá a quantidade que deverá ser produzida.
Designar prioridades de produção para as ordens pertencentes a itens com a característica make-to-stock.
O tratamento da política de reabastecimento Real Consumo será efetuada para itens parametrizados, no TOTVS APS, com a política “Real Consumo”. É tratado, na Manutenção de Itens (DB0106), Manutenção Item x Estabelecimento (DB0117), Manutenção de Famílias (DB0105) e Manutenção Família x Estabelecimentos (DB0122), na lista de valores válidos para o campo política o valor “Real Consumo”, para permitir tratamento de reabastecimento para itens com controle make-to-stock.
Como esta política é um conceito exclusivo do TOTVS APS, se a política de um determinado item estiver parametrizada com “Real Consumo”, o processo de Atualização de Dados não alterará este valor independentemente da política cadastrada no ERP.
Cálculo da quantidade planejada:
OP = EN - (E + SOF).
E + SOF >= EN?
Se sim: não acionar OP.
Se não: OP = EN - (E + åOF) desde que OP >= LM.
onde:
E = Saldo em Estoque Atual.
OF = Ordem Firme.
EN = Estoque Nominal Máximo.
OP = Ordem Planejada.
LM = Lote Mínimo.
No momento do cálculo do planejamento no TOTVS APS, será verificada inicialmente qual a disponibilidade de saldo para o item (parametrizado com política Real Consumo). Esta disponibilidade (E + ∑OF) é a soma entre saldo em estoque (E) e somatória das ordens firmes (∑OF). Do estoque nominal máximo (EN) subtrai-se a disponibilidade (E + ∑OF). Caso a diferença seja maior que o lote mínimo (LM), será gerada uma ordem planejada. Caso a diferença seja menor que o lote mínimo (LM), não será gerada ordem planejada.
Itens parametrizados com política Real Consumo, respeitarão os parâmetros de lote múltiplo, fator refugo, quantidade perda, quantidade fracionada, divide ordem e arredonda sobra para determinação da quantidade da ordem planejada, da mesma maneira que ocorre para itens parametrizados com política período fixo.
Este cálculo é efetuado no processo de Planejamento de Demanda.
Exemplo:
E = 1000
OF100 = 200
OF110 = 250
EN = 2000
LM = 100
E + åOF < EN, logo deve ser verificado se a necessidade é maior que LM:
OP = EN - (E + åOF)
OP = 2000 – (1000 + 450)
OP = 550
EN - (E + åOF) >= LM, logo deve ser gerada a ordem planejada.
Determinação da data entrega/término:
Dt-Ent = Dt-Ref + (E + å OF - EN/3) / VPC
onde:
E = Saldo em Estoque Atual
OF = Ordem Firme
EN = Estoque Nominal Máximo
VPC = Velocidade Pico de Consumo (diário)
Dt-Ref = Data de Referência do Cenário
Dt-Ent = Data Entrega/Término Ordem Planejada
A data de entrega, no caso de ordem de compra, ou a data de término, no caso de ordem de produção, para as ordens planejadas será gerada objetivando que seja consumido o excedente a 1/3 do estoque nominal máximo (EN), considerando como consumo diário a velocidade pico de consumo (VCP), entre a data de referência do cenário e ela (a data de entrega/término calculada).
Desta maneira, calcula-se a disponibilidade (E + ∑OF) de saldo para o item (parametrizado com política Real Consumo), que é a soma entre saldo em estoque (E) e somatória das ordens firmes (∑OF). Da disponibilidade subtrai-se 1/3 do estoque nominal máximo (EN), que representa a região crítica. Esta diferença (E + ∑OF - EN/3) é dividida pela velocidade pico de consumo (VPC), sempre truncando o resultado (Exemplo: se o resultado for 7,5 considerar 7), resultará no número de dias restantes para o estoque atingir seu estágio crítico. A data de entrega/término da ordem planejada será determinada pela soma deste número de dias calculado ((E + ∑OF - EN/3) / VPC) com a data de referência do cenário.
Exemplo:
E = 1000
OF100 = 200
OF100 = 250
EN = 2100
VPC = 100
Dt-Ref: 01/06/2010
Dt-Ent = Dt-Ref + (E + å OF - EN/3) / VPC
Dt-Ent = 01/06/2010 + (1000 + 450 – 2100 / 3) / 100
Dt-Ent = 01/06/2010 + 7
Dt-Ent = 08/06/2010
Nota | ||
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A data de entrega/término considerará dias corridos, independentemente se para itens comprados (ordem de compra) ou se para itens fabricados (ordem de produção), visto a velocidade pico consumo representar um consumo diário, normalmente calculado numa faixa de 1 ou mais meses, considerando dias corridos. A divisão do excedente ao estoque crítico (1/3 do estoque nominal máximo) pela velocidade pico de consumo somado à data de referência, justifica a utilização de dias corridos. A explosão de demanda deverá consumir os saldos das ordens firmes e planejadas que foram geradas no planejamento de demanda. Quando todo o saldo for consumido, deve-se gerar novas ordens planejadas para ressuprir a necessidade excedente. Esta situação poderá ocorrer no caso do usuário definir um tamanho da pilha que não atende toda a demanda existente no momento. |
Determinação da prioridade de produção para ordens de itens MTS:
Para cada ordem de produção pertencente a itens de característica make-to-stock (que possuem política Real Consumo), deve-se designar uma prioridade de acordo com a situação do pulmão. Esta prioridade irá orientar o sequenciamento, isto porque as ordens serão programadas em ordem descendente de prioridade.
O tipo da programação da ordem MTS será identificada na Manutenção de Cenários (DB0101), podendo ser:
- Data término.
- Situação do pulmão.
Este cálculo é feito na Explosão de Demanda, onde para a demanda do cenário que tiver a programação da ordem MTS pela Situação do Pulmão, será calculada uma situação para cada ordem MTS de acordo com a fórmula abaixo:
S = (EN - (E + OF)) / EN * 100
Onde:
S = Situação da Ordem MTS;
EN = Estoque Nominal Máximo;
E = Saldo de Estoque;
OF = Soma de Ordens Firmes Anteriores.
Exemplo:
EN = 1200
E = 500
As ordens são ordenadas pela sua data inicial de término.
Ordem Data Quantidade
100 10/09/10 250
110 15/09/10 300
120 18/09/10 200
Cálculo para ordem 100:
S = (1200 – (500 + 0)) / 1200 * 100
S = 58,33%
Nota | ||
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Para a primeira ordem, como não há ordem anterior, a situação será a mesma do item MTS. |
Cálculo para ordem 110:
S = (1200 – (500 + 250)) / 1200 * 100
S = 37,50%
Nota | ||
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Foi considerada a quantidade de saldo da ordem 100. |
Cálculo para ordem 120:
S = (1200 – (500 + 550)) / 1200 * 100
S = 12,50%
Nota | ||
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Foram consideradas as quantidades de saldo das ordens 100 e 110. |
Esta situação será utilizada pelo algoritmo de sequenciamento para programar as ordens make-to-stock de acordo com esta situação (da maior para a menor).
Nota | ||
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Quando o tipo de programação é por situação de pulmão, não é necessário o usuário definir o Valor de Pico Consumo, isto porque o Valor de Pico Consumo auxilia na definição de uma data de término da ordem que neste caso não será utilizado no sequenciamento. |